quinta-feira, 18 de abril de 2013

Professor fique atento ao abuso sexual infantil.


   Abuso Sexual Infantil

   Como as crianças passam boa parte do dia na escola, professores e funcionários podem ser a chave para reconhecer os casos de violência. Afinal, ninguém melhor que o professor para perceber comportamentos incomuns em seus alunos. Nem sempre o abuso sexual envolve contato ou violência física. Práticas como exibicionismo, gratificações, telefonemas obscenos e produção de fotos também estão inclusos nesta categoria. E a escola deve estar preparada para lidar com essas situações. Vários educadores ainda não sabem o que fazer diante destas situações, mas muitas vezes, eles são os únicos que podem interromper o ciclo da violência.
   O primeiro passo diante de qualquer suspeita de abuso é conversar com a criança e com seus pais ou responsáveis. Quando o professor conhece o histórico de seus alunos, pode ajudar. Vale lembrar que nem sempre a mãe ou cuidador (a) estará disposta a ajudar, muitas vezes por medo do agressor (provavelmente ela também sofre algum tipo de violência) outras, por pura negligência.


Os principais sinais de abuso sexual

Mudanças no comportamento escolar podem ser indícios de que algo não vai bem.

- Assiduidade e pontualidade exageradas. Chega cedo e sai tarde da escola, demonstra pouco interesse ou mesmo resistência em voltar para casa após a aula.

- Queda injustificada na frequência escolar ou abandono.

- Dificuldade de concentração e aprendizagem, com baixo rendimento escolar.

- Não participação ou pouca participação nas atividades escolares.

- Surgimento de objetos pessoais, brinquedos, dinheiro e outros bens que estão além
das possibilidades financeiras da criança e de suas famílias. Em alguns casos, este pode ser um indício de favorecimento e/ou aliciamento.

- Tendência ao isolamento social com poucas relações com colegas e companheiros.

- Relacionamento entre crianças e adultos com ares de segredo e exclusão dos demais.

- Dificuldade em confiar nas pessoas ao redor.

- Fuga de contato físico.

- Medo ou pânico de certa pessoa ou sentimento generalizado de desagrado quando
a criança é deixada sozinha em algum lugar com alguém.

- Mudanças extremas, súbitas e inexplicadas no comportamento, como oscilações no
humor (momentos de euforia e de depressão, por exemplo).

- Mal-estar pela sensação de modificação do corpo e confusão de idade.

- Regressão a comportamentos infantis, como choro excessivo sem causa aparente ou mesmo chupar dedos.

-Tristeza, abatimento profundo ou depressão crônica.

- Traumatismo físico ou lesões corporais, como o aparecimento de hematomas, por uso de violência física.

- Aparecimento de uma série de problemas de saúde sem causa aparente, como dor de cabeça, erupções na pele, vômitos e outras dificuldades digestivas, que na realidade, têm fundo psicológico e emocional.

    Ao perceber que existem crianças em situação de risco, a escola deve acionar o Conselho Tutelar ou fazer uma denúncia no Disque-Denúncia. É importante que este ciclo seja rápido, quanto mais tempo à escola demorar em agir, mais a vítima estará exposta ao agressor.

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