Abuso
Sexual Infantil
Como as crianças passam boa parte do dia na escola,
professores e funcionários podem ser a chave para reconhecer os casos de
violência. Afinal, ninguém melhor que o professor para perceber comportamentos
incomuns em seus alunos. Nem sempre o abuso sexual envolve contato ou violência
física. Práticas como exibicionismo, gratificações, telefonemas obscenos e
produção de fotos também estão inclusos nesta categoria. E a escola deve estar
preparada para lidar com essas situações. Vários educadores ainda não sabem o
que fazer diante destas situações, mas muitas vezes, eles são os únicos que
podem interromper o ciclo da violência.
O
primeiro passo diante de qualquer suspeita de abuso é conversar com a criança e
com seus pais ou responsáveis. Quando o professor conhece o histórico de seus
alunos, pode ajudar. Vale lembrar que nem sempre a mãe ou cuidador (a) estará
disposta a ajudar, muitas vezes por medo do agressor (provavelmente ela também
sofre algum tipo de violência) outras, por pura negligência.
Os
principais sinais de abuso sexual
Mudanças no comportamento escolar podem
ser indícios de que algo não vai bem.
-
Assiduidade e pontualidade exageradas. Chega cedo e sai tarde da escola,
demonstra pouco interesse ou mesmo resistência em voltar para casa após a aula.
-
Queda injustificada na frequência escolar ou abandono.
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Dificuldade de concentração e aprendizagem, com baixo rendimento escolar.
-
Não participação ou pouca participação nas atividades escolares.
-
Surgimento de objetos pessoais, brinquedos, dinheiro e outros bens que estão
além
das possibilidades financeiras da criança e de suas famílias. Em alguns casos,
este pode ser um indício de favorecimento e/ou aliciamento.
-
Tendência ao isolamento social com poucas relações com colegas e companheiros.
-
Relacionamento entre crianças e adultos com ares de segredo e exclusão dos
demais.
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Dificuldade em confiar nas pessoas ao redor.
-
Fuga de contato físico.
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Medo ou pânico de certa pessoa ou sentimento generalizado de desagrado quando
a criança é deixada sozinha em algum lugar com alguém.
- Mudanças extremas, súbitas e inexplicadas no comportamento, como oscilações
no
humor (momentos de euforia e de depressão, por exemplo).
- Mal-estar pela sensação de modificação do corpo e confusão de idade.
- Regressão a comportamentos infantis, como choro excessivo sem causa aparente
ou mesmo chupar dedos.
-Tristeza, abatimento profundo ou depressão crônica.
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Traumatismo físico ou lesões corporais, como o aparecimento de hematomas, por uso
de violência física.
-
Aparecimento de uma série de problemas de saúde sem causa aparente, como dor de
cabeça, erupções na pele, vômitos e outras dificuldades digestivas, que na realidade,
têm fundo psicológico e emocional.
Ao perceber que existem crianças em situação de risco, a escola deve acionar o Conselho Tutelar ou fazer uma denúncia no Disque-Denúncia. É importante que este ciclo seja rápido, quanto mais tempo à escola demorar em agir, mais a vítima estará exposta ao agressor.